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JALUNDES

Jalundes começou a escrever-se no quarto dum hotel de Kathmandu em março de 2020 quando o governo nepalês pechou as fronteiras e o espaço aéreo (inviabilidade de abandonar o país) e decretou o confinamento da populaçom (impossibilidade de sair do hotel). A pandemia que provocou estas medidas foi detonante do relato, mas as múltiplas conversas entre o viageiro e a sua sombra, mais filosóficas que narrativas, levavam tempo aninhando na cabeça. As 224 secçons (pílulas espaço-temporais) topárom abrigo numha estrutura poliédrica inspirada tanto na fragmentaçom da Exposiçom de atrocidades de J.G. Ballard como na literatura aforística de Friedrich Nietzsche.

Jalundes é narrativa sem princípio nem fim (coleçom de pequenos acontecimentos sem significado), é tratado filosófico-político, é estudo de psicogeografia e de psicopatologia social. Jalundes é retrato da passional carência de paixom de Amaro Ferreiroa. Jalundes é um mosaico no que cada tessela se mantém em equilíbrio entre a sua identidade individual e a nota de cor que aporta ao conjunto. O processo de ordenaçom de cada umha das peças chegou a ser tam laborioso como o da própria escritura.

Jalundes é um elefante na sala (de banho).
  • Editorial: Alberte Pagán |
  • Idioma: Galego |