Este livro analisa as mudanças da vida rural na Galiza durante a ditadura franquista e o processo de mudança de regime político. Recolhe experiências de repressão, de desigualdade e de luta e situa a sua compreensão num quadro específico de relações sociais. Estratégias de sobrevivência e de solidariedade são significadas num contexto que exige a força de trabalho camponês continuar a ser para deixar de ser. A partir de testemunhos pessoais e da análise histórica, oferece-se uma visão abrangente de como a forma de organização social capitalista, no seu transformar-se, afetou profundamente a estrutura social, económica, política e cultural das comunidades rurais do país. De como, no continuar a ser e no deixando de ser, as comunidades camponesas empurraram e empurram os limites do possível.
Alba Díaz Geada é Doutora em História Contemporânea pela Universidade de Santiago de Compostela. Foi investigadora pós-doutoral no Laboratoire d’Études Rurales (Université Lumière Lyon II) e no Program in Agrarian Studies (Yale University). Investigadora Principal do Projeto “Comunidad, conflicto y revuelta en la Galiza rural del siglo XX” (COREGAL), tem investigado sobre o sindicalismo labrego e sobre as transformações da sociedade rural contemporânea na Galiza. Atualmente, é Investigadora Ramón y Cajal na Faculdade de Humanidades do Campus de Lugo da Universidade de Santiago de Compostela.